Foi Leif Eriksson, e não Cristóvão Colombo, quem descobriu a América. Sim, Cristóvão Colombo pôs os pés nas Bahamas, em Cuba e na ilha de Hispaniola (Haiti e República Dominicana) entre outubro e dezembro de 1942. Se você, assim como eu, considera que um descobridor é o primeiro sujeito a pisar em uma terra desconhecida, esqueça Cristóvão. O explorador viking chegou ao continente americano cerca de 500 anos antes do navegador genovês.
No final do século 10, início do 11, exploradores oriundos de terras nórdicas já freqüentavam a costa do norte do continente Americano. Há indícios que, fracassadamente, eles tentaram colonizar a costa sudeste do Canadá. Estas aventuras foram registradas na literatura medieval da Islândia - ilha que era caminho para a América, nestes registros há referências a terras batizadas como Helluland (atual ilha de Baffin), Markland (Labrador) e Vinland (Nova Escócia). Tudo isso pertencente ao Canadá hoje em dia.
Arqueólogos em 1960 encontraram vestígios de presença viking em L'Anse aux Meadoux, na ilha de Terra Nova. Além do estilo nórdico identificado nas ruínas, foram achados restos da oficina de um ferreiro e um alfinete de bronze - exemplos de tecnologia metalúrgica com a qual os nativos da América do Norte nem sonhavam.
No final de 2010, um grupo de cientistas europeus que há anos se dedica ao estudo do patrimônio genético da população da Islândia identificou um gene típico de nativos norte-americanos no DNA de 350 islandeses, todos descendentes de uma única mulher. Resta saber se a ancestral desses indivíduos foi uma índia canadense seqüestrada e levada para a Europa pelos vikings, séculos antes de Colombo "descobrir" a América.
Um documentário do canal History Channel apresenta argumentos indicando que outros povos teriam atravessado o pacífico e chegado a costa oeste dos atuais Estados Unidos. Para comprovar se chineses, japoneses, polinésios, noruegueses, gauleses, irlandeses e hebreus antigos chegaram à América antes de Colombo, o programa examina documentos, traça possíveis rotas, reconstrói navios e testa os artefatos utilizados por esses povos. Entre outras evidências, o especial mostra que os chineses, por volta do ano 1400, tinham a maior potência marítima do mundo, e a partir de suas rotas é possível verificar que eles já vinham navegando em volta da África bem antes de Colombo.